Bom dia pessoal, vamos começar o
dia com um bom livro, tem coisa melhor? Bem acho que poucas coisas são melhores
que um bom livro que quase sempre tem aquele efeito de filme que quando você
termina ainda fica pensando na estória dias depois e isso aconteceu quando eu
li esse livro.
Apesar de ser uma linguagem
moderna e que por vezes me deixa um pouco incomodado na leitura, pois ela
utiliza diálogos bem jovens inclusive incluindo a estória diálogos de facebook,
mas acho que apesar dessa linguagem voltada principalmente para os jovens esse
é um livro que com certeza deve ser lido por todos os jovens por não se tratar
de mais um romance meloso que estão aos montes nas livrarias do mundo todo,
trata-se por tanto de um livro original e verdadeiro que trata de um assunto
quase inédito (a não ser pelo filme ‘o homem elefante’, é o único que eu
recordo também tratar desse tema). Um tema que nos faz pensar em como seria nossa própria reação diante disso que é a doença genética, uma criança que nasce com o rosto
deformado, como você agiria se a visse? Como vive essa criança diante de uma
sociedade preconceituosa até com coisas mínimas?
Um livro sensível que conta a belíssima
estória de August, uma criança doce, porém forte que nasce com uma doença genética
que faz com que seu rosto nasça deformado, o livro retrata a vida de August
quando criança e claro seria inevitável os olhares alheios e os julgamentos,
mas seria inevitável mesmo?
August tem a sorte que muitas
crianças não tem sejam elas diferentes ou não, ter uma família bem estruturada
e um pai e uma mãe que o ama incondicionalmente que nunca demonstram qualquer
falta de orgulho de seu filho como eles mesmo chamam: EXTRAORDINARIO.
A trama começa a se desenrolar
quando a mãe de August resolve coloca-lo na escola para que ele começasse a
realmente ter uma vida de verdade, interagir com as demais crianças e agir de
maneira normal como ele era afinal sua diferença não o incapacita em nada. Mas se
já é difícil o primeiro ano na escola de uma criança que não tem uma diferença
semelhante à dele imagina para quem a tem? E é exatamente essa a maior
dificuldade de August, deixar de estudar em casa com sua mãe e enfrentar uma
escola de verdade cheia de crianças por todos os lados, crianças cheias de
olhares, de julgamentos, crianças que não estão prontas para lidar com a
diferença, mesmo sendo todos diferentes.
A narrativa troca de mão durante
o livro sendo dedicada a alguns personagens os seus pontos de vista sendo
exposto, como Via a irmã de August, o namorado dela, os amigos dele que no
decorrer do livro dão sua própria e honesta impressão de tudo que está ocorrendo
e contam um pouco de suas próprias estórias pessoais não se detendo apenas a
trama do menino.
Na escola Auggie (como assim é
chamado em casa e posteriormente em sua nova escola) conhece varias crianças,
algumas inevitavelmente tronam-se seus(as) amigos deixando-se levar pela simpatia
de Auggie que sabe mais do que ninguém lidar com sua diferença, mesmo sendo uma
tarefa bastante difícil as vezes. Já outras crianças inevitavelmente também se
afastam dele como se possuísse algum tipo de ‘praga’ como assim se difunde na
escola e quem tocasse nele poderia pegar.
É um retrato emocionante de um
final belo e bem construído que nos faz refletir sobre as nossas próprias questões.
Qual a importância da beleza física? Será que ela representa alguma coisa? Será
ela fundamental? Como lidar com as diferenças?. Vale a pena pensar nessas
respostas e tentar ser o mais gentil possível afinal nós somos todos estranhos
e todos diferentes.
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