terça-feira, 2 de julho de 2013

Poesia: Sylvia Plath


Para vocês terem uma boa noite, nada melhor que poesia não acha? Por isso escolhi algumas poesias e trechos do romance de Sylvia Plath (A redoma de vidro) que posteriormente terá uma postagem só para ele. São palavras muito bonitas e profundas e não carecem de explicação, muitas vezes as pessoas não entendem a poesia por em sua maioria ser abstrata e não deixar claro oque o porta quer dizer, alguns ate fazem poesia bem explicita de maneira lindíssima poesia é  isso não podemos defini-la, mas a poesia na sua maioria e na minha opinião não tem de ser compreendida, não é necessário que você saiba oque o poeta quis dizer apenas que você deixe sua mente viajar e dê sua própria interpretação ao que está lendo. Por experiência própria, não tente entender um poeta e oque ele escreve, às vezes, nem ele mesmo entende (não falo literalmente), mas sabe exatamente o sentimento que quer passar, deixando a porta aberta pra você imaginar oque quiser. Eis alguns dos meus favoritos:

 
Sylvia Plath
“Eu vi minha vida ramificando-se diante de mim como a figueira verde da história. Na ponta de cada galho, como um figo gordo e roxo, um futuro maravilhoso acenava e piscava. Um figo era um marido, um lar feliz e filhos, outro era uma poetisa famosa e consagrada, outro era uma professora brilhante, outro era a Europa, a África e a América do Sul, outro era Constantino e Sócrates e Átila e outros vários amantes com nomes exóticos e profissões excêntricas, outro ainda era uma campeã olímpica. E, acima de tais figos, havia muitos outros. Eu não conseguia prosseguir. Encontrei-me sentada na forquilha da figueira, morrendo de fome, só porque não conseguia optar entre um dos figos. Eu gostaria de devorar a todos, mas escolher um significava perder todos os outros. Talvez querer tudo signifique não querer nada. Então, enquanto eu permanecia sentada, incapaz de optar, os figos começaram a murchar e escurecer e, um por um, despencar aos meus pés”. “trecho do livro a redoma de vidro”
Sylvia Plath

Particularmente um dos trechos que eu mais gosto, já compartilhei isso milhares de vezes no meu facebook, e ainda não me cansei de fazer isso. O livro é uma obra dramática, porem cheia de vida, quase autobiográfico segundo algumas pessoas, mas falaremos disso outra hora.


“Cerro os olhos e cai morto o mundo inteiro
Ergo as pálpebras e tudo volta a renascer
(Acho que te criei no interior da minha mente)

Saem valsando as estrelas, vermelhas e azuis,
Entra a galope a arbitrária escuridão:
Cerro os olhos e cai morto o mundo inteiro.

Enfeitiçaste-me, em sonhos, para a cama,
Cantaste-me para a loucura; beijaste-me para a insanidade.
(Acho que te criei no interior de minha mente)

Tomba Deus das alturas; abranda-se o fogo do inferno:
Retiram-se os serafins e os homens de Satã:
Cerro os olhos e cai morto o mundo inteiro.

Imaginei que voltarias como prometeste
Envelheço, porém, e esqueço-me do teu nome.
(Acho que te criei no interior de minha mente)

Deveria, em teu lugar, ter amado um falcão
Pelo menos, com a primavera, retornam com estrondo
Cerro os olhos e cai morto o mundo inteiro:
(Acho que te criei no interior de minha mente.)”
Sylvia Plath

Se tratando dos poemas de Sylvia esse é um dos meus favoritos, leiam uma vez, duas e três se for preciso ate ele falar diretamente com você.
BOA NOITE!

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